quinta-feira, 24 de julho de 2014

O processo de modernização das atividades agropecuárias no mundo e no território brasileiro - 3º bimestre - aula nº 1

O processo de modernização das atividades agropecuárias no mundo e no território brasileiro:

Iniciamos essa aula com o estudo da agropecuária moderna, tanto mundial quanto brasileira, devendo ser compreendido através dos processos de desenvolvimento do modo capitalista de produção no território.  Tendo por ideia que esse desenvolvimento é contraditório e combinado. Isto significa dizer que, reproduz-se no espaço relações especificamente capitalistas (assalariado) e ao mesmo tempo em que ainda mantém as relações camponesas de produção (trabalho familiar).

Veja que o meio rural com a agricultura, a pecuária e o extrativismo sofreram essas transformações a partir da Revolução Industrial em que o campo se aproximou da atividade industrial de produção em massa.

O extrativismo tradicional feito a partir da força humana está desaparecendo, até mesmo em países mais pobres, seja na substituição do corte de árvores pelo plantio ou pela introdução de máquinas pesadas na mineração ou as pequenas embarcações pesqueiras por navios pesqueiros com alta tecnologia.

Perceba que embora venha ocorrendo uma efetiva industrialização das atividades primárias (agricultura, pecuária e extrativismo), este ainda é o setor com maior relação de dependência dos elementos da natureza (solo, chuva, sol, etc.). Mas há países que não dispõem de todos os elementos naturais para produção de gêneros alimentícios ou matérias-primas para suas indústrias, com isso eles criam meios artificiais como estufas, aterros, irrigação entre outros para garantir seu desenvolvimento.

Temos que ter em mente que determinadas atividades agropecuária desenvolvem-se próximo às grandes cidades (metrópoles) ou mesmo no seu interior, pois esses gêneros são perecíveis, destinam-se ao consumo imediato e seu custo de transporte seria muito alto se fosse de outras regiões.

De qualquer forma, onde quer que se desenvolvam as atividades rurais hoje não dependem unicamente da natureza.

Dependem também e cada vez mais da indústria com seus equipamentos e insumos agrícolas.

Preste atenção, atualmente a indústria química é a que mais controla as atividades agropecuárias, fabricando fertilizantes e agrotóxicos, vacinas e outros produtos de uso animal.

Esses produtos químicos utilizados pela agricultura moderna no combate a pragas e doenças de animais e vegetais, que prejudicam as colheitas e a produção animal são conhecidos como agrotóxicos, Eles podem ser extremamente prejudiciais, pois destroem as matérias orgânicas e os micro-organismos do solo, levando a um uso cada vez maior de produtos químicos para correção dos mesmos, podendo fazer mal ao meio ambiente e à saúde de todos que consomem os alimentos.

Os trabalhadores rurais, que normalmente aplicam essas substâncias sem proteção especial, sofrem intoxicações graves. Muitas pessoas já morreram intoxicadas por agrotóxicos no mundo inteiro. Por tudo isso, o termo agrotóxico é mais apropriado do que defensivo agrícola, empregado pelos fabricantes numa tentativa de encobrir os males que esses produtos podem causar.

Esse processo deve ser entendido também no interior da economia capitalista atualmente internacionalizada, que produz e se reproduz em diferentes países, desenvolvidos ou não, criando processos e relações de interdependência entre nações e empresas. A compreensão desses processos é fundamental para o entendimento da agricultura moderna, pois eles provocam o movimento de concentração da população nos países.


No mundo e no Brasil esse movimento migratório provocado pela modernização do campo vem direcionando as populações para as grandes metrópoles ou para as cidades de uma forma geral. No campo, o desenvolvimento capitalista vem se apropriando das terras provocando uma intensificação na concentração fundiária. Como consequência disso, temos uma grande massa empobrecida de sem-terra e renda, causando uma ampliação do número de pessoas que passam fome.

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)

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