As hierarquizações das
cidades através do processo interligação das redes:
Vejamos com o tempo, cada
cidade se destaca pelas atividades econômicas e culturais que oferece à sua
população e à população de outras áreas. As intensas relações que essas cidades
mantêm entre si constituem a rede urbana ou sistema de cidades. Portanto, rede
urbana é o sistema de relações políticas, econômicas e culturais que as cidades
(de uma região ou de um país) estabelecem entre si. Esse sistema de relações
obedece a uma hierarquia (uma ordem), em que as cidades menores dependem das
grandes cidades.
Temos que ter em mente que a
rede urbana não é apenas as cidades, mas também os espaços rurais próximos,
pois as atividades do campo passaram a ser exercidas de acordo com os interesses
da cidade depois da revolução industrial.
Assim, as grandes cidades
das redes urbanas funcionam ao mesmo tempo como centro de decisões políticas
(de sua região ou do país como um todo) e de decisões econômicas, além de ser
um centro científico, artístico, cultural e tecnológico.
Essas grandes cidades que
exercem liderança sobre um conjunto de outras cidades são conhecidas em grande
parte como metrópoles, centros de primeira grandeza no conjunto das redes
urbanas, acabam exercendo o papel controlador dos de capitais de mercadorias e
de pessoa tornando-se o centro polarizador por excelência.
Outro elemento importante na
urbanização é a formação de gigantescas áreas superurbanizadas: as megalópoles.
Esse fenômeno, que também se iniciou nos países desenvolvidos, atualmente se
espalha por todo o planeta.
Vejamos, o que acontece no
mundo e no Brasil é a mesma coisa?
Sim, a rede urbana
brasileira também é uma consequência do processo de industrialização,
concentrada especialmente em São Paulo, que deu início à formação de uma rede
urbana comandada por duas metrópoles — São Paulo e Rio de Janeiro — e
constituída por milhares de cidades espalhadas pelo território brasileiro.
Atualmente, o que
caracteriza uma grande cidade é a prestação de serviços especializados.
Assim,
nas grandes cidades se concentram bancos, instituições financeiras, recursos
médicos mais avançados, universidades, laboratórios de pesquisa, empresas que
desenvolvem programas de tecnologia avançada, etc. Por isso, as grandes cidades
têm maior capacidade de polarização sobre as outras.
Mas nosso território não é
constituído somente de grandes cidades. As pequenas cidades existem aos
milhares e dependem dos serviços e dos produtos industrializados das metrópoles
e outros grandes centros comerciais. São conhecidas também como cidades locais.
É por intermédio delas que as grandes e médias cidades recebem do campo as
matérias-primas necessárias à indústria e os gêneros alimentícios para atender
à população.
No Brasil, as principais regiões metropolitanas são: Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte, Grande Porto Alegre, Grande Recife, Grande Salvador, Grande Fortaleza, Grande Curitiba, Grande Belém, Baixada Santista, Grande Vitória e Grande Natal. Cada uma dessas regiões metropolitanas possui uma cidade principal — a metrópole — e cidades a ela conurbadas ou vizinhas, formando aglomerados urbanos com, no mínimo, cerca de 1 milhão de habitantes (Natal), até 17,8 milhões de habitantes (São Paulo). Além dessas doze principais regiões metropolitanas, reconhecidas pelo IBGE, existem mais três cidades brasileiras (Brasília, Manaus e Goiânia), com mais de 1 milhão de habitantes, e uma (Campinas) com cerca de 1 milhão. Temos no país, portanto, dezesseis cidades que, juntas, abrangem mais de um terço da população nacional
Fonte: Currículo minimo (Seeduc)
Nenhum comentário:
Postar um comentário