quinta-feira, 24 de julho de 2014

As hierarquizações das cidades através do processo interligação das redes - 2º bimestre - aula nº 2

As hierarquizações das cidades através do processo interligação das redes:

Vejamos com o tempo, cada cidade se destaca pelas atividades econômicas e culturais que oferece à sua população e à população de outras áreas. As intensas relações que essas cidades mantêm entre si constituem a rede urbana ou sistema de cidades. Portanto, rede urbana é o sistema de relações políticas, econômicas e culturais que as cidades (de uma região ou de um país) estabelecem entre si. Esse sistema de relações obedece a uma hierarquia (uma ordem), em que as cidades menores dependem das grandes cidades.

Temos que ter em mente que a rede urbana não é apenas as cidades, mas também os espaços rurais próximos, pois as atividades do campo passaram a ser exercidas de acordo com os interesses da cidade depois da revolução industrial.

Assim, as grandes cidades das redes urbanas funcionam ao mesmo tempo como centro de decisões políticas (de sua região ou do país como um todo) e de decisões econômicas, além de ser um centro científico, artístico, cultural e tecnológico.

Essas grandes cidades que exercem liderança sobre um conjunto de outras cidades são conhecidas em grande parte como metrópoles, centros de primeira grandeza no conjunto das redes urbanas, acabam exercendo o papel controlador dos de capitais de mercadorias e de pessoa tornando-se o centro polarizador por excelência.

Outro elemento importante na urbanização é a formação de gigantescas áreas superurbanizadas: as megalópoles. Esse fenômeno, que também se iniciou nos países desenvolvidos, atualmente se espalha por todo o planeta.

Vejamos, o que acontece no mundo e no Brasil é a mesma coisa?

Sim, a rede urbana brasileira também é uma consequência do processo de industrialização, concentrada especialmente em São Paulo, que deu início à formação de uma rede urbana comandada por duas metrópoles — São Paulo e Rio de Janeiro — e constituída por milhares de cidades espalhadas pelo território brasileiro.

Atualmente, o que caracteriza uma grande cidade é a prestação de serviços especializados. 

Assim, nas grandes cidades se concentram bancos, instituições financeiras, recursos médicos mais avançados, universidades, laboratórios de pesquisa, empresas que desenvolvem programas de tecnologia avançada, etc. Por isso, as grandes cidades têm maior capacidade de polarização sobre as outras.

Mas nosso território não é constituído somente de grandes cidades. As pequenas cidades existem aos milhares e dependem dos serviços e dos produtos industrializados das metrópoles e outros grandes centros comerciais. São conhecidas também como cidades locais. É por intermédio delas que as grandes e médias cidades recebem do campo as matérias-primas necessárias à indústria e os gêneros alimentícios para atender à população.

No Brasil, as principais regiões metropolitanas são: Grande São Paulo, Grande Rio de Janeiro, Grande Belo Horizonte, Grande Porto Alegre, Grande Recife, Grande Salvador, Grande Fortaleza, Grande Curitiba, Grande Belém, Baixada Santista, Grande Vitória e Grande Natal. Cada uma dessas regiões metropolitanas possui uma cidade principal — a metrópole — e cidades a ela conurbadas ou vizinhas, formando aglomerados urbanos com, no mínimo, cerca de 1 milhão de habitantes (Natal), até 17,8 milhões de habitantes (São Paulo). Além dessas doze principais regiões metropolitanas, reconhecidas pelo IBGE, existem mais três cidades brasileiras (Brasília, Manaus e Goiânia), com mais de 1 milhão de habitantes, e uma (Campinas) com cerca de 1 milhão. Temos no país, portanto, dezesseis cidades que, juntas, abrangem mais de um terço da população nacional 

Fonte: Currículo minimo (Seeduc)

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